10 fevereiro, 2009

Bolsa fecha em baixa de 1,53% com realização de lucro

Como imaginavamos, a bolsa sofreu uma realização ontem.
Acho que ainda tem mais espaço para queda, entretanto temos mostras de que alguns estrangeiros estão entrando "de leve" no mercado. E contra fluxo não há argumentos, ou seja, tome cuidado, caso esteja "vendido" e perceber que a bolsa não cai de maneira convincente fique atento para reverter sua posição rapidamente.

Segue abaixo matéria da agência estado.

A Bovespa interrompeu hoje uma sequência de quatro sessões em queda, aproveitando o dia de agenda vazia e à espera da votação do pacote de ajuda ao sistema financeiro pelo Senado dos EUA, para amanhã. As vendas foram mais fortes nas ações da Vale, justamente as que mais subiram nas últimas semanas, enquanto Petrobras segurou um pouco a queda do Ibovespa, principal índice.
O Ibovespa terminou o dia com variação negativa de 1,53%, aos 42.100,12 pontos. Atingiu a mínima de 41.977 pontos (-1,82%) e a máxima de 43.441 pontos (+1,60%). No mês, acumula ganho de 6,21% e, no ano, de 12,12%. O giro financeiro totalizou R$ 4,254 bilhões.
No final de semana, o Senado dos Estados Unidos, enfim, parece ter chegado a um acordo para votar o pacote de ajuda ao sistema financeiro, o que levou o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, a adiar para amanhã a exposição do plano de recuperação financeira para o país que deve trazer, entre outros rumores do mercado, a criação do "banco ruim".
O foco desta segunda-feira, assim, passou da seara econômica para a política, com o presidente dos EUA, Barack Obama, mais uma vez reforçando a necessidade de se aprovar a ajuda, de modo a não "aprofundar o desastre" para a economia americana. "Não podemos mais nos dar ao luxo de esperar", disse Obama.
O Senado acertou um valor de US$ 827 bilhões, incluindo US$ 47 bilhões de incentivos fiscais já aprovados para vendas de automóveis e imóveis. Uma vez aprovado o plano, as diferenças entre aquele que já passou na Câmara dos Representantes no final do mês passado e o do Senado serão resolvidas em uma conferência de líderes das duas Casas, e uma decisão final pode sair até o final desta semana.
À espera dos pacotes, as bolsas norte-americanas operaram sem rumo, ora em alta, ora em queda. Às 18h18 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,33%, o S&P recuava 0,09% e o Nasdaq cedia 0,26%.
No Brasil, os momentos de alta da sessão foram garantidos pela sustentação de Vale no azul. À tarde, no entanto, as ações viraram para baixo e levaram junto o Ibovespa, que só não aprofundou mais a realização de lucros por causa da procura por papéis da Petrobras.
As ações da estatal do petróleo avançaram impulsionadas por compras de estrangeiros, pela alta do petróleo em grande parte do dia no mercado externo e também em razão de um movimento com vistas aos vencimentos de opções sobre ações (dia 16) e de opções sobre índice (18). Segundo um operador, diante da 'puxada' da Vale nas últimas sessões, muitos investidores abandonaram os papéis à tarde e partiram para Petrobras, mais defasada.
No final da sessão, o petróleo acabou perdendo o fôlego e recuou 1,52%, a US$ 39,56 o barril, na Bolsa Mercantil de Nova York. Com isso, a alta das ações da Petrobras perdeu o fôlego: a ON subiu 1,23% e a PN, 1,07%.
Com a realização de lucros, Vale fechou na contramão dos metais básicos. As ações ON recuaram 2,97% e as PNA, 2,96%.

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